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Estudos Experimentais da Aptidão Física em Relação à Idade

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Estudos Experimentais da Aptidão Física

A pesquisa clássica de Robinson, que é um estudo transversal abrangente, documentou a relação do en­velhecimento com as respostas fisiológicas durante o repouso e o exercício submáximo e máximo em 93 homens sadios não-atletas cujas idades oscilavam de 6 a 91 anos.

As variáveis incluíram taxa metabólica (VO2) em repouso e durante o exercício, volumes pul­monares, freqüência cardíaca (FC), pressão arterial desempenho submáximo da corrida na esteira rolante para 5,6 km/h com uma inclinação de 8,6% durante 15 minutos, e uma corrida com esforço máximo na esteira rolante que resultava em “exaustão” dentro de 2 a 5 minutos.
A figura de cima ilustra um declínio de aproximadamente 20% na freqüência cardíaca máxima (FCmáx.) entre meninos e homens mais velhos.

Os indivíduos mais jovens mostravam uma resposta da freqüência cardíaca mais variável ao exercício; eles exibiam uma aceleração mais rápida da FC no início do exercício; e sua FC voltava mais rapidamente aos valores basais durante a recuperação quê nos indivíduos mais velhos.

Como ilustrado na figura do meio, o VO2 máximo aumentava entre os 8 e os 12 anos de idade, declinava acentuadamente nos próximos anos e, a seguir, aumen­tava ainda mais até cerca de 17 anos, caindo inexora­velmente daí em diante.

Curiosamente, Robinson su­geriu que uma queda no VO2 máximo com a idade estava relacionada provavelmente a reduções na ati­vidade física geral, e não necessariamente ao envelhe­cimento “verdadeiro.”

Assim sendo, já em 1938, um estilo de vida sedentário havia sido identificado como exercendo efeitos deletérios sobre a função cardiovas­cular.

A figura de baixo mostra a ventilação pulmo­nar em relação ao peso corporal (V Elkg/min), à fre­qüência respiratória (incursões respiratórias/min) e ao ar corrente (volume) enunciado como um percen­tual da capacidade vital (AC X 100 –:- CV) durante o exercício máximo.

As medidas da função ventila­tória e da respiração declinavam com o aumento da idade, e os homens mais velhos utilizavam uma maior fração de sua capacidade vital na forma de ar corrente que os homens mais jovens.

Ainda mais, os meninos aumentavam sua ventilação em relação aos valores em repouso principalmente através de um aumento da frequência respiratória, enquanto nos adultos o aumento ocorria através de elevações tanto na fre­quência respiratória quanto no volume corrente.
Esse estudo transversal pioneiro demonstrou um declínio nas variáveis cardiovasculares e pulmonares relacionado à idade e ao estilo de vida sedentário durante o repouso e o exercício submáximo e máximo.

A pesquisa subsequente indicou que um grande com­ponente do declínio na capacidade funcional com o envelhecimento coincide muito mais com as características do estilo de vida que com a idade cronológica propriamente dita.

Fonte: Robinson, s.: Estudos experimentais da aptidão física em relação à idade. Arbeitsphysiologie, 10:18, 1938.

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